Detran-SP vai implantar nova biometria contra fraude do dedo de silicone
Detran-SP vai implantar nova biometria contra fraude do dedo de silicone
Aparelho também reconhece a temperatura do corpo, o batimento cardíaco e a textura da pele.
As autoescolas de São Paulo terão de usar um novo aparelho para evitar fraudes nos exames do Detran. O órgão constatou que uma fraude comum é a aplicação de dedo de silicone para burlar as digitais de quem faz a prova. “Este novo sistema vai coibir essas irregularidades”, diz Maxwell Vieira, diretor-presidente do Detran-SP.
O novo aparelho tem a mesma função do antigo que é a identificação pelas digitais. A diferença é que ele também reconhece a temperatura do corpo, o batimento cardíaco e a textura da pele. E recusa digitais impressas em papel, silicone ou borracha como as usadas pelos fraudadores. Além dos alunos e instrutores, médicos, psicólogos também são obrigados a usar a nova biometria.
“Todas as vezes que a pessoa vai abrir uma aula no processo de habilitação tanto teóricas como práticas ela tem que colocar a biometria e esse sistema só vai ser detectado com esse leitor de dedo vivo que ele consegue aí sentir o dedo humano. Com dedo de silicone, ele não vai conseguir abrir essa aula. Essa mudança é necessária para trazer mais segurança para o processo de habilitação”, diz Vieira.
As fraudes para burlar os processos de habilitação, renovação de CNH, recursos de multas ou mesmo de provas são velhas conhecidas. O SP1 já mostrou vários tipos. O molde de silicone nos dedos pra uma pessoa se passar por outra numa aula ou teste está entre os mais conhecidos.
Na manhã desta segunda-feira (28), os fiscais estavam prontos para sair quando deram de cara com uma moto que aparece no sistema como se estivesse sendo usada numa aula naquele horário. Mas estava parada no estacionamento do Detran na Rua Armênia.
E os fiscais do Detran também encontraram um carro de auto-escola na mesma situação. O motorista e o piloto da moto ainda não foram identificados. O Detran vai registrar boletim de ocorrência e esse é o crime de inserção de dados falsos no sistema, que tem pena de prisão de dois a 12 anos. As atividades das duas autoescolas serão suspensas por 30 dias e elas vão responder a processo administrativo no Detran e podem até ser descredenciadas.
Fonte: G1
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