92018abr
Importação de automóveis cresce 50% no 1º trimestre

Importação de automóveis cresce 50% no 1º trimestre

Importação de automóveis cresce 50% no 1º trimestre


Foram importados 50.876 veículos entre janeiro e março, ante 34.342 no mesmo período de 2017. Aumento ocorre após fim de programa que sobretaxava importação de fora do Mercosul ou México.


Importação de automóveis cresceu 50% no primeiro trimestre de 2018, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Foram importados 50.876 carros de passageiro entre janeiro e março, contra 34.342 unidades no mesmo período de 2017.

Na comparação por valores, o crescimento foi ainda maior: 76%. No primeiro trimestre deste ano, a importação de automóveis somou US$ 922 milhões, contra US$ 540 milhões no mesmo período do ano passado.

“Nossa análise mostra que a principal parcela do crescimento se dá em razão do aumento das compras internas, pois a origem são países que já tem acordo automotivo como o Brasil, como Argentina e México, e que não eram objeto de alíquota adicional”, disse o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto.

A alíquota adicional a que Neto se refere era aplicada na importação de veículos vindos de fora do Mercosul ou do México, que possuem acordo comercial com o Brasil. A cobrança adicional de 30 pontos percentuais de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estava prevista no Inovar Auto, programa cuja vigência acabou no fim do ano passado.

Segundo o secretário, do total de crescimento das importações no primeiro trimestre, 60% está relacionado a veículos produzidos em países que têm acordo automotivo com o Brasil. Outros 40%, tem como origem países que antes tinham as importações sobretaxadas.

O governo brasileiro negocia um novo regime automotivo, o Rota 2030. A expectativa inicial era de que ele fosse anunciado até o fim de fevereiro, o que não aconteceu. Mesmo com as mudanças, o IPI para estes países não deve subir para o patamar anterior, uma vez que essa política foi condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Fonte: G1