Para especialista, novo processo de formação de condutores transformará CFCs em escolas de ensino da condução
Para especialista, novo processo de formação de condutores transformará CFCs em escolas de ensino da condução
No último mês de julho, o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) publicou uma minuta que traz conteúdo para substituição da Resolução 168/04 do CONTRAN, que trata do processo de formação e especialização de condutores no Brasil.
O novo texto apresenta propostas para o processo de formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação, especializados e de reciclagem, fundamentado em teorias e práticas pedagógicas que sejam capazes de promover um trânsito mais seguro, no qual os condutores tenham condições de receber a devida formação.
O Portal do Trânsito entrevistou Roberta Mantovani, Consultora em Educação para o Trânsito e integrante da Câmara Temática de Educação e Habilitação do Contran, e que participou ativamente da formulação do novo texto legal.
Mantovani explicou que o trabalho de construção da “nova 168” foi muito intenso muito participativo por parte de todos os integrantes da Câmara.
“Foi um desafio, pois mexe com a vida de muita gente, mas que entendemos como essencial para a sociedade”, explica.
Além disso, a especialista diz que a atualização do processo é uma oportunidade para a qualificação de todo o sistema de formação de condutores. “Em qualquer área de trabalho, é preciso estudar e se adequar. Na formação de condutores não é diferente. Uma instituição que se coloca como sendo de ensino, vai sempre precisar ter seus profissionais se atualizando, aprofundando seus conhecimentos, buscando qualificação e aperfeiçoamento”, diz.
Questionada sobre o possível aumento nos custos do processo de habilitação e aumento no número de condutores dirigindo sem habilitação, Mantovani disse que esse é um enfrentamento que o País precisa fazer. “É preciso intervir na questão da melhoria da segurança viária e a formação de condutores é um dos aspectos que pesam nessa melhoria”, garantiu.
A especialista destacou a necessidade de fazer essa reflexão e questionamentos. “O que um jovem busca no CFC para fazer o processo de habilitação: Ele busca aquela cartinha ou busca aprender a conduzir com segurança?”, pergunta.
Para concluir Mantovani cita a importância do processo de Consulta Pública que já foi finalizado (a entrevista aconteceu antes desse encerramento) e destacou o papel do CFC e do instrutor nesse futuro cenário.
Fonte: Portal doTrânsito
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